quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Longe dos meus olhos

Numa tarde chuvosa e fria
Vida vazia e sem alegria
Vasculhei a minha memória

Num cantinho reservado
 Encontrei.
Lembranças de um passado
Perguntei onde estás?
Longe dos meus olhos
E tão perto do meu coração.

Você
Foi sem avisar
Acho que eu te perdi em algum lugar.
Quando me vi estava com você
Longe de mim.

Eu fiquei juntando fragmentos da saudade
Que você deixou. Ocupando espaço.
Entre a dor e vazio. Nesse dia frio.
Longe dos meus olhos.







domingo, 15 de setembro de 2013

outra vez

 



Estou só no deserto a caminhar
Sobre o sol escaldante
Sinto
A minha pele arder exposta ao sol.

 A tempestade de areia vem ofuscando
A minha visão
Novamente com aquela impressão
De abandono.

Procuro um abrigo seguro, anseio por
Sombra e água fresca
 Como da outra vez.

Restou-me a inquietude desse deserto
Caminhando dia a dia sem saber
Onde estou chegando
O meu corpo reclama completamente
Afadigado.



o Ipê


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ao extremo

No decorrer desse percurso
Aprendi a superar
Os obstáculos.

Quando surgia a noite sombria
Eu tinha que encher de
Esperanças.

Um novo dia surgiria
Dia após dia
Imaginei esse encontro
Com encanto.

Seria festa eu comemorava
Sabores, cores e flores.
Eu degustaria e inalaria
O sabor da vitoria.

Onde está a festa?
Que lugar esse
Desconheço.

Vejo-me sem chão
Procuro resposta encontro
O silêncio

E o meu corpo está esgotado
Ao extremo.
Não vejo o fim
Do trajeto.






quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Inesperadamente



Inesperadamente  veio o gelo
Com o gelo o medo
Com o medo o silêncio.

Emudeci
Em suas mãos tinha papel, tinta e pincel.
 Enfim um desenho no papel. Fiquei sem saber como você me desenhou.

Emudeci
De repente eu fiquei sem querer e sem saber.
 O gelo congelou a emoção e também as palavras. 

Tudo deixou de fazer sentido. O que importa agora é somente o que  eu sou.Inesperadamente emudeci pra você.





sábado, 6 de julho de 2013

Beija-flor


Beija-flor que beija, beija
Beija aqui ali e acolá
Beija flores sem parar.

Não beija por beijar
Beija para se alimentar
do néctar.

Beija-flor que beija, beija
Mensageiro da cura e do amor
Pássaro beijador
Vem beijar sua flor.

Porque beija-flor
Combina com  flor
É muito triste um jardim
Sem beija-flor.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Meu príncipezinho


Meu pequeno como é bom te olhar e
Ouvir você falar
 os primeiros balbucios eu fico
Olhando-te e te admirando
Como foi difícil pensei que não fosse viver
Mas  eu estou aqui com você.

Faria tudo de novo por você
Vitoria inesquecível
Recordo com alegria
Já não sinto mais a dor da espera
Agora tenho a recompensa.

Aprendi que quando penso
 que sou fraca é que sou forte
A fé me deu forças.
Meu pequeno, meu pequeno
Meu principezinho filhinho lindo.





sexta-feira, 14 de junho de 2013

Tecendo um sonho

Placa com Sanduiche
Sinto-me assim como se fosse uma tecelã
 Diante de um novelo de lã
 Teoricamente no primeiro
 olhar ela imaginou com entusiasmo 
que teceria peças fantásticas. 
Efeito  paixão na primeira instância.

Tecendo sonho dia e noite com alegria.
 Passaram-se dias, meses, anos. 
Continuei a tecer
 porque todo o meu ser almejava 
que ia ser diferente.
 Teci parte do meu sonho parecia perfeito.

Estava resistente.
 Eu teceria até o fim. 
Mas, veio à prática e começou 
a desarranjar
 o que eu havia tecido fio por fio
. Era um sonho antigo
 ansiado por muitos anos.

Enrolei cada fio que ficou espalhado no chão. 
Abalroada eu recomecei refazer
 era meu  o destino e  tinha 
que  ser construído por mim.
 Só que dessa vez acrescentei 
estratégia de sobrevivência.

Chegarei ao fim.
 Sem aquela ilusão do primeiro olhar do inicio.
 Sinto me fortalecida para chegar ao fim
 e pronta para um novo começo
. “Agora e sempre”.

sábado, 8 de junho de 2013

Em cena

 
De tanto sonhar que eu fiquei assim sem tempo pra mim. Trabalho árduo horas e horas de treinamento.

 Voar era um sonho antigo por isso não havia perigo em sonhar eu determinei que um dia eu fosse conseguir. Quando já estava quase pronta alguém entra em cena e poda as minhas asas.

Passando alguns dias alguém bateu em minha porta me dizendo que era a esperança “volte ao palco” não permita que lhe roube a cena.

Voltei a sonhar no meu rosto tinha um sorriso e nos olhos um brilho. Apareceu alguém roubando a minha cena tornando se o centro das atenções. Ofuscando o meu brilho.  Emudeci em cena para poupar-me.

Camuflei para sobrevivência. E quando cansou de falar voltei ao palco de volta a minha cena. Deixe-me os sonhos sãos meus quem está em cena sou eu. Cala-te! Todas as barreiras se romperão voarei não me atalhará.




Escola dos sonhos



Sonhei, com uma escola onde não era preciso fechar os portões. Esses estavam sempre abertos para os alunos entrarem e quando eles entravam não tinha necessidade de sair. Eles tinham sonhos e sabia que ali era a base para a qualificação profissional.

Na escola dos meus sonhos os pais e os educadores caminhavam juntos. Esses vinham participar da vida escolar dos filhos.

Na escola dos meus sonhos o ambiente era acolhedor e todos ajudavam a cuidar da escola pesando nos alunos que viria depois.  

 Na escola dos meus sonhos a comunidade escolar era participativa e incentivadora. A escola estava com as portas abertas e ao entrarmos nela estávamos construindo os nossos sonhos e tínhamos expectativa de vida.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Leitura livre



Sinto saudades do tempo que a minha leitura era livre. Era só escolher um romance e ler sobre a sombra de uma árvore.

Eu viajava com a personagem e visitava cenários fantásticos. Onde os meus pés jamais pisaram. A leitura livre dando asas a minha imaginação.

Voava em pensamento totalmente relaxada ao vento. Minha alma anseia pela liberdade, dormir sem pensar no amanhã.

Gostaria de refugiar em uma ilha deserta.  Poder caminhar na areia da praia com os cabelos soltos contra o vento.

Preciso de coisas simples como saborear uma fruta colhida diretamente do pé.

Ou pode ser que eu queira interagir com a natureza e ouvir o som da água do rio que corre em direção do mar ou ouvir os pássaros cantar.

Ou pode ser que eu precise somente acordar e ver o nascer do sol iluminando a terra e despertando a vida.

Pode ser que eu queira parar de olhar no relógio e no calendário. Viver sem essa preocupação com o tempo. Com medo de não conseguir.

Os obstáculos ofuscam o meu brilho desvia o ar que eu respiro causando asfixia. Eu quero minha alforria.  Ficar livre totalmente sem se preocupar com o amanhã.

Livre para criar, fantasiar e voar o mais alto que puder na imensidão. A alma que habita em mim e de uma poetisa em todas as fases da minha vida ate o fim.








sábado, 27 de abril de 2013

Onde andará




 
Ao partir levou-me o meu coração
Deixou-me sem ação
Ficou vazio e o meu dia frio
Onde andará você? Nem sei
Não tenho noção.

Ao partir impediu-me de sorrir
Nitidamente deixou sua imagem
Gravada em minha mente.

Saudades suas
Ao partir deixou-me nem canto
Secando pranto
Era uma passagem eu não entendi
 A mensagem.

Ao partir inquietou a minha alma 
Que a agora busca a sua
E chora por não ter você aqui.


Correr




Corro demais parece que correr é meu destino
 Se eu vou chegar nem sei, amanha pode ser
É tudo incerteza.

Se eu cruzarei a linha da chegada eu não sei
Ouvirei os aplausos da chegada
Nem sei, mesmo assim vivo á correr.

Almejo chegar mesmo entre tropeços
As pedras fazem meus pés pesarem
Os meus passos vão ficando lentos.

Sinto dor física e cansaço mental
Repouso e depois volto a conjugar o verbo correr
Eu corro porque está no meu destino.