domingo, 13 de novembro de 2011

Tarde demais

  
Faz tempo  desde da época em que eu usava  a língua tatibitate para me comunicar. Fazia birras e andava na cacunda do meu pai. Tudo era belo a vida tinha cor. Mais agora e tarde a infância faz parte de um passado distante, Tarde demais.

Sinto nesse exato momento o sabor amargo, o vazio que toma conta de mim. Nuvens negras vagam no céu sem estelas, no meio dessa noite escura  o meu coração esta angustiado. Já é tarde, todos os sonhos ficaram no passado, não tenho esperança de resgate feito por humano, Tarde demais.

As lagrimas rolam no meu rosto, se elas não me jorrassem enlouqueceria. Já é tarde e o vazio invade minha alma, da mesma maneira que a areia movediça sufocante. Tarde demais.

Recordo que havia motivos para ser feliz com um simples desabrochar de flores, e o canto dos pássaros, eu fazia mudinhas de pteridófitas. Mais não pegava e o meu jardim sempre me morria chorava mais eu plantava de novo.  Isso também ficou pra trás Tarde demais.  

Anos depois, quando eu voltava para casa de a pé eu coletava flores no caminho e a pessoa que andava comigo reclamava que o meu caminho era longo não chegava nunca eu fazia um ramalhete de flores do campo e as colocava no vaso e a minha vida era colorida. Isso também ficou no passado, Tarde demais.

Tão tarde que o cansaço toma conta do meu corpo invade minha alma eu preciso repousar. Ao dormir eu deixo o meu corpo em repouso profundo esqueço-me de tudo e de t0dos. Mais amanha devo retornar a vida à dor estará comigo novamente, Tarde demais.

A noite se foi agora eu tenho um sol a brilhar e a dificuldade de abrir os olhos  não voltarei ao passado nem resgatarei os  meus sonhos a situação e irreversível, já me perdi durante o percurso a juventude se foi  e levou com ela parte de mim. Tarde demais nada será como antes.

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